TCC 2015

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CTCC Bauru para Pacientes.

Paciente, seja bem vindo, utilize este blog como um instrumento que pode auxiliar você a evoluir em sua terapia; ajudando você a lembrar ou esclarecer dúvidas sobre aspectos trabalhados em nossas sessões. Contribua com perguntas, comentários, sugestões e críticas.



Lembre-se: a evolução começa a partir do momento em que você compreende "que não são as situações que alteram o nosso humor e os nossos comportamentos, mas sim o que pensamos sobre elas.



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Coordenador: Arnaldo Vicente, Especialista em TC.



terça-feira, 6 de abril de 2010

Seja um detetive: investigue seus PANs.




Histórias Cognitivas: os dois detetives diferentes: Cap 1: Quem roubou meu walkman?


Os dois detetives diferentes.

- Cada detetive tem uma forma de trabalhar com os fatos.
- Qual deles você contrataria se precisasse de ajuda?

Era uma vez numa cidade muito parecida com São Paulo, uma menina de 10 anos que trouxe para a escola seu novo walkman, que tinha acabado de ganhar. Era um belo walkman, ou seja, ela poderia ouvir suas músicas prediletas enquanto viesse no ônibus da escola, na hora do recreio ou mesmo nas aulas vagas em que algum professor faltasse.
Quando ela entrou em aula, sua professora pediu para que deixasse seu aparelho no armário do lado de fora da classe, onde ficavam as mochilas e ela assim fez.
Quando chegou a hora do recreio ela foi correndo até sua mochila, ansiosa por pegar seu walkman. Ela mal podia esperar para ouvir suas músicas e mostrá-lo para algumas amigas que ainda não o tinham visto.
Mas espere aí! O que foi isso? Quando ela procurou na mochila e no armário onde ela o tinha deixado, ele simplesmente não estava lá, tinha desaparecido.
- “Oh! O meu aparelho novinho de CD portátil, como ele foi desaparecer assim?”, disse ela, começando a chorar. “Eu estou muito, muito triste!”.
Mariana, esse era o nome da menina, foi se queixar para a professora, e ela e várias amigas foram ajudá-la a fazer uma reclamação para a diretora.
A diretora prometeu providenciar uma solução imediata e assim fez.
Uma hora depois, no próximo intervalo, um homem apareceu para falar com ela. Tinha uma aparência muito estranha usando um chapéu e uma capa. Ela não reconheceu o homem. Ela nunca o tinha visto antes.
“Por favor, não fique assustada, pequena criança. Eu sou o detetive contratado pela escola para descobrir o paradeiro de seu walkman. Sou o famoso, o grande detetive Sherlock Gomes.”
“Sherlock Holmes?” – perguntou a garota.
“Não, eu sou Sherlock Gomes mesmo” – o detetive respondeu, com um certo aborrecimento em sua voz. “Não sei porque todo mundo me confunde com esse cara”.
Mas, tudo bem. O importante é que eu sei quem roubou seu walkman. Foi o famoso “Daniel, o terrível”.
“Nossa! “ disse a menina, “ mas isso foi muito rápido! Como você descobriu quem roubou meu aparelho tão rápido?”
“Oh! Não foi muito difícil. Ele foi o primeiro nome que apareceu em minha cabeça, por isso deve ser ele!”
E com isso, Sherlock Gomes voltou-se e foi embora.

Mas nossa história ainda não terminou, porque justamente então apareceu na cena o famoso, o verdadeiro Sherlock Holmes.

Ele tirou sua capa, arrumou seu boné e declarou: “Eu não concordo com o que aquele Sherlock Gomes disse. Eu sou o famoso, o ousado, o fantástico, o único sobre quem escreveram livros. Eu sou o verdadeiro Sherlock Holmes!”.
A garota pensou que ele parecia um pouco arrogante e exibido, mas ela precisava de sua ajuda. E o detetive continuou falando: - “Então, minha amiga, eu não concordo com esse Sherlock Gomes, afinal que tipo de detetive é ele? Simplesmente acredita no primeiro nome que lhe veio à mente? Um bom detetive faz uma lista de suspeitos e então vai procurar evidências para apanhar o ladrão”.
Eu estou pronto a procurar por pistas e evidências, e quando eu retornar eu direi a você quem realmente roubou seu aparelho”. E com isso, Sherlock Holmes colocou sua capa, arrumou seu boné e encaminhou-se para fora da sala.
“Que homem estranho!” A garota comentou. “ Mas ele parece sério em seu trabalho”.
Algumas horas mais tarde, quando a garota estava brincando em sua casa, no jardim, ela ouviu um estranho barulho. Ela olhou em volta e viu que diante dela estava ninguém menos do que o detetive Sherlock Holmes.
“E aí?” Disse a garota, você descobriu quem roubou meu aparelho?”
“Sim. Primeiro eu pensei que talvez fosse Daniel, o terrível, mas quando eu procurei por evidências eu percebi que Daniel estava suspenso e não estava na escola no dia em que seu aparelho sumiu. Assim não poderia ter sido ele”.
“Então eu pensei que talvez tivesse sido o João Perigoso. Mas quando eu procurei por evidências eu soube que ele estava jogando cartas com outros longe de sua classe, no momento em que seu aparelho foi roubado. Não poderia ter sido ele”.
Então eu decidi investigar a Betty Bagulho. Quando eu procurei por evidencias eu encontrei algumas pistas. Primeiro eu achei uma tiara com as iniciais BB caída dentro do armário, perto de onde você guarda sua mochila. Então eu fui até a casa de Betty Bagulho, e sua mãe me contou que Betty estava ouvindo música num novo walkman que ela ganhou na escola por bom comportamento.
Eu procurei pela vizinhança até achar Betty e então, ali estava ela, exibindo seu walkman para as crianças da rua.
“Oh! Sherlock Holmes”, disse a garota, “você é incrível! Você é muito mais esperto que Sherlock Gomes. Por favor, Detetive Holmes, você pode me devolver o meu walkman agora?”
Sherlock Holmes olhou para baixo e começou a gaguejar.
“Ah! Bem, eu não disse exatamente que peguei seu aparelho de volta. Aquela Betty é horrivelmente grande e, realmente muito assustadora. Eu acho que seria melhor você pedir a seus pais que recuperem seu walkman para você.”
E com isso o grande Sherlock Holmes vestiu sua capa, arrumou seu boné e se foi”.
Fim.
Autor: Martin E. Seligman, adaptação Zélia, 2004.



Comente: Qual dos dois detetives você estava "sendo" até iniciar sua terapia?

( ) Sherlock Gomes. ( )Sherlock Holmes.

Créditos:
Martin Seligman utilizou a figura de Sherlock Holmes para ilustrar a importância das evidências na TC com crianças e adolescentes. A TC Zélia adaptou para a realidade brasileira.

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