TCC 2015

TCC 2015

CTCC Bauru para Pacientes.

Paciente, seja bem vindo, utilize este blog como um instrumento que pode auxiliar você a evoluir em sua terapia; ajudando você a lembrar ou esclarecer dúvidas sobre aspectos trabalhados em nossas sessões. Contribua com perguntas, comentários, sugestões e críticas.



Lembre-se: a evolução começa a partir do momento em que você compreende "que não são as situações que alteram o nosso humor e os nossos comportamentos, mas sim o que pensamos sobre elas.



Fale conosco: arnaldo@ctccbauru.com.br



Coordenador: Arnaldo Vicente, Especialista em TC.



quinta-feira, 29 de abril de 2010

O futuro é incerto.

Isto é fato e não uma situação problema.
O que definirá se isto será ou não um problema é a sua maneira de pensar sobre este fato.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mudando para melhor!

Pode mudar uma pessoa que se mostra desobediente, estúpida, respondona, "relaxada", irritada para todas as situações e ter péssima relação interpessoal?
R- Sim, se tiver o apoio da família, dos amigos e ter força de vontade.

Que pensamentos faziam com que essa pessoa permanecesse tão negativa?
R- Todo mundo quer me ferrar, todo mundo está contra mim, ninguém está fazendo o que eu quero, como deviam fazer. Sou inferior, tento agradar as pessoas, fazer o que elas querem, mas não adianta. Fico com raiva e desconto em todo mundo.

Que resultados essa pessoa estava colhendo?
R- Ruins, ninguém queria ficar perto dela, ela estava afastando as pessoas de perto dela. Ela queria que todos gostassem dela, mas acaba que ninguém gosta.

Que pensamentos ela passou a ter para melhorar-se?
R- As pessoas querem me ajudar, as pessoas não precisam fazer tudo que eu quero. Sou uma pessoa melhor, feliz e passei a agir de modo próprio e não só para agradar as pessoas.

Assinado: um adolescente de 17 anos.

Martin Seligman ensina você a ser otimista.



Quem Não Desiste Nunca?

Como você pensa a respeito das causas dos Infortúnios pequenos e grandes, que se abatem sobre você? Algumas pessoas as que desistem facilmente, dizem habitualmente de seus infortúnios: “ Só podia acontecer comigo. Vai durar para sempre e vai comprometer tudo que estou fazendo.”. Outros, aqueles que resistem a se entregar à adversidade, dizem: “ Foram as circunstâncias. Vai passar logo e, além do mais, a vida ainda tem muito o que oferecer .”
Sua maneira habitual de explicar os maus acontecimentos, seu estilo explicativo, é muito mais do que as palavras que você anuncia quando fracassa. É um hábito de pensar adquirido na infância e na adolescência. Seu estilo explicativo emana diretamente da maneira como vê o lugar que ocupa no mundo – se se considera uma pessoa possuidora de méritos ou desprovida de qualidades, inútil. É a marca que o distingue como otimista ou pessimista.

HÁ TRÊS DIMENSÕES CRUCIAIS PARA O SEU ESTILO EXPLICATIVO: PERMANÊNCIA, ABRANGÊNCIA E PERSONALIZAÇÃO.

PERMANÊNCIA

As pessoas que desistem com facilidade acreditam que as causas dos maus acontecimentos que ocorrem em suas vidas são permanentes, persistem, afetando tudo o que fazem. As que resistem ao desamparo acreditam que as causas dos infortúnios são passageiras.

PERMANENTES PASSAGEIRAS
“Estou liquidado.” “Estou exausto”.
“Os regimes nunca funcionam.” “Os regimes não funcionam
quando você come fora.”
“Você sempre resmunga.” “ Você resmunga quando não
limpo meu quarto.”
“O patrão é um f.- d.-p.” “O patrão está de mau humor.”
“Você nunca fala comigo”. “ Você não tem falado comigo
ultimamente.”

Se pensa sobre os reveses em termos de sempre e nunca, você tem um estilo permanente, pessimista. Se pensa em termos de às vezes e ultimamente, se usa gradações e atribui os reveses a condições transitórias, você tem um estilo otimista.

Os reveses fazem com que qualquer um fique pelo memos momentaneamente desamparado. É como um soco no estomâgo. Dói mas a dor passa – para algumas quase estantaneamente. Para as outras, a dor permanece ela ferve, ela corrói, e acaba se transformando em rancor. Entregam-se ao desamparo durante dias e até meses, até mesmo diante de pequenos contratempos. São capazes de nunca mais se recuperarem de grandes reveses.

O ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS BONS ACONTECIMENTOS É JUSTAMENTE O OPOSTO DO ESTILO OTIMISTA DE EXPLICAR OS MAUS ACONTECIMENTOS.

As pessoas que acreditam que os bons acontecimentos têm causas permanentes são mais otimistas do que as que acreditam que eles têm causas temporárias.

TEMPORÁRIAS PERMANENTES
(Pessimistas): (Otimistas):
“É o meu dia de sorte.” “Tenho sempre sorte”.
“Faço força.” “Sou talentoso.”
“O meu adversário cansou.” “O meu adversário não é bom.”

As pessoas otimistas explicam os bons eventos a si mesmas em termos de causas permanentes : características, habilidades, sempre. Os pessimistas denominam as causas transitórias de: estados de espírito, esforço, às vezes.

As pessoas que acreditam que os bons acontecimentos têm causas permanentes esforçam-se ainda mais depois de terem sido bem sucedidas. As que atribuem razões temporárias aos bons acontecimentos podem desistir depois de serem bem sucedidas, acreditando que o sucesso foi um casualidade.

Abrangência: O Específico contra o Universal

A PERMANÊNCIA TEM A VER COM O TEMPO. A ABRANGÊNCIA, COM O ESPAÇO.

Eis aqui alguns exemplos de explicações universais e específicas de maus acontecimentos:

UNIVERSAIS ESPECÍFICAS
(Pessimistas): ( Otimista):
“Todos os professores “O professor Seligman é injusto”.
são injustos”.
“ Eu sou repulsiva”. “ Eu sou repulsiva para ele.”
“Os livros são inúteis”. “ Esta livro é inútil”.

Explicações universais, de caráter genérico,produzem desamparo num raio de muitas situações, e explicações específicas produzem desamparo somente na área em crise.
Você acostuma catastrofizar?

O estilo explicativo otimista para os bons acontecimentos é o oposto do estilo explicativo para os maus acontecimentos. O otimista acredita que os maus acontecimentos têm causas específicas, ao passo que os bons acontecimentos favorecerão tudo que fizer; o pessimista acredita que os maus acontecimentos têm causas universais e que os bons acontecimentos são causados por fatores específicos.

ESPECÍFICAS UNIVERSAIS
(Pessimistas): ( Otimistas):
“ Sou bom em matemática.” “Sou bom”.
“ Meu corretor conhece ações “Meu corretor conhece Wall Street”.
de petróleo.”.
“Fui charmoso com ela.” “Fui charmoso”.


As pessoas que dão explicações permanentes universais para os seus problemas tendem a entrar em colapso quando sob pressão, por muito tempo e diversas situações. Nenhum outro resultado isolado é tão importante quanto o seu escore de esperança.

Personalização: Interna contra Externa ( Interior contra Exterior )

HÁ UM ASPECTO FINAL DO ESTILO EXPLICATIVO: PERSONALIZAÇÃO.
Uma ocasião, comenta Seligman, vivi com uma mulher que punha a culpa de tudo em cima de mim. A comida ruim de um restaurante, vôos atrasados e até o vinco malfeito das calças que voltavam da tinturaria. -Querida – eu disse um dia, exasperado após ter sido repreendido porque o secador de cabelos não funcionava -, você é a criatura que mais exterioriza as contrariedades que já conheci.
- É verdade – esbravejou -, e você é o culpado!

Quando acontecem coisas ruins, podemos nos culpar (interiorizar) ou ou podemos culpar outras pessoas pelas circunstâncias (exteriorizar). As pessoas que se culpam têm, conseqüentemente, pouca auto-estima. Julgam-se sem valor e sem talento e desprezíveis. As pessoas que põem a culpa nos acontecimentos externos não perdem
a auto-estima quando ocorrem reveses. No fundo, gostam mais de si mesmas do que as pessoas que se culpam pelos tropeços da vida. Um nível baixo de auto-estima deriva geralmente de um estilo interiorizado com relação aos maus acontecimentos.

INTERIORIZADO EXTERIORIZADO
(Baixa auto-estima) (Alta auto-estima)
“Sou um burro.” “Você é um burro.”
“Não sou bom jogador de pôquer.” “Não tenho sorte no pôquer”
“Sou inseguro”. “Cresci na pobreza.”

Uma última informação, o estilo otimista de explicar os bons eventos é o oposto do usado para os maus acontecimentos. É interno e não externo. As pessoas que acreditam que são causadoras de coisas boas em geral gostam mais de si mesmas do que as que julgam que as boas coisas derivam de outras pessoas ou de outras circunstâncias.

EXTERIORIZADO INTERIOZADO
(Pessimistas): (Otimistas):
“Um golpe de sorte ...” “Posso tirar partido da sorte”.
“A habilidade de meus colegas...” “ Minha habilidade...”


Caso você tenha se identificado como uma pessoa pessimista não tenha pans, discuta o assunto em terapia e se quiser entender mais sobre o trabalho de Martin Seligman leia o seu livro: Aprenda a ser Otimista.

Pensar bem faz o trabalho ficar melhor.


Esta semana um dos temas que mais conversamos em terapia foi sobre sucesso profissional, um dos tópicos que abordamos foi sobre a influência dos pans relacionados ao futuro já que e realização pessoal acontece também quando temos uma realização profissional. Não importa a profissão, sempre estaremos formando idéias ao refletirmos sobre o nosso desempenho na mesma. Faz-se necessário conhecer essas idéias e examiná-las. Leia, abaixo, uma entrevista sobre este tema concedida por Arnaldo Vicente ao Programa Rádio Mulher, em 2006, em Bauru-SP.
RM - O que um vendedor pensa influi em suas vendas?
AV - Com certeza. No momento em que avistam o cliente sua primeira reação é refletir e ter pensamentos sobre a situação.
RM - Porque esses pensamentos influem tanto nas pessoas?
AV - Por que esses pensamentos se congelam em convicções, ou seja, as pessoas imediatamente, automaticamente acreditam no que pensam.
Uma vez acreditadas essas convicções podem se tornar tão habituais que o vendedor nem se dá conta de que as tem.
Porém as convicções não ficam ociosas: tem conseqüências.
RM - E quais são as conseqüências de acreditar nesses pensamentos automaticamente?
AV - Eles são as causas diretas do que ele sente e do que ele faz em seguida.
RM - Então as convicções podem estabelecer a diferença entre um vendedor desanimado e sistente, de um lado, e o de um vendedor animado e persistente, do outro?
AV - É isso mesmo.
RM - Em geral quais são os pensamentos do vendedor desanimado e desistente?
AV - Depende do que ele pensar sobre a situação do momento.
RM - Considerando que não é possível ter certeza se o cliente comprará ou não, o que ele pode pensar?
AV - Lá vou eu para receber mais um não. Detesto fazer isto. Fica irritado, tenso e vai até o cliente com má vontade.
RM - E numa situação em que o cliente diz que está apenas olhando, o que ele pode pensar?
AV - Ele está me enrolando, devia ir enrolar em outro lugar. Fica irritado e se distancia do cliente. Eu devo mesmo ser muito ruim.
RM - E quando consegue fazer uma boa venda, o que ele pode pensar?
AV - Pelo menos este não tomou apenas o meu tempo, mesmo assim não foi grande coisa. Fica ansioso e anda agitado sem estar preparado para uma próxima venda.
RM - Em geral quais são os pensamentos do vendedor animado e persistente?
AV- Também depende do que ele pensar sobre a situação.
RM - Considerando que não é possível ter certeza se o cliente comprará ou não, o que ele pode pensar?
AV - Vamos ver o que ele precisa hoje. Fica animado e dá atenção, mostrando possibilidades de produtos ou plano de compra que o cliente nem imaginava..
RM - Numa situação em que o cliente diz que está apenas olhando?
AV - Ele está interessado, vou ficar por perto. Fica animado, dá atenção e se interessa em saber o que o cliente está pensando sobre os produtos.
RM - E quando consegue fazer uma boa venda?
AV - Mais uma vez consegui, eu estou ficando bom nisso. Fica animado, alegre, confiante e pronto para novas vendas.
RM - Os vendedores desanimados e desistentes são pessimistas?
AV - Exatamente. Eles têm, mesmo sem perceberem, pensamentos de que se as vendas não dão sempre certo então nunca venderão nada para alguém.
E mais: quando conseguem fazer uma venda já pensam nas que não conseguirão fazer.
Eles estão sempre insatisfeitos, mau humorados e desanimados.
Em geral ficam pouco tempo em cada emprego.
RM - Os vendedores animados e persistentes são otimistas?
AV - Exatamente. Eles têm, mesmo sem perceberem, pensamentos de que se conseguiram fazer uma venda isto é uma prova de que têm jeito para vendas e que podem ficar melhor a cada dia.
E mais: quando não conseguem fazer uma venda pensam que o cliente teve seus motivos para não comprar desta vez, mas poderão voltar e comprar num outro momento.
E lembram que se um cliente não comprou não significa que todos não comprarão.
Eles estão sempre aumentando sua satisfação, são pessoas bem humoradas e animadas as maiorias das vezes..
Em geral ficam no emprego um bom tempo, principalmente se sua empresa também for otimista.
RM - Os vendedores pessimistas podem se transformar em vendedores otimistas?
AV - É claro que sim. Eles podem começar a se dar conta de suas reflexões e desafiá-las.
Verificar se estão bem fundamentadas na realidade.
Verificar se elas têm ajudado ou atrapalhado suas metas no trabalho.
E criar novas reflexões e ações para as situações em que se descobriu pessimista.
RM - As pessoas devem investir em si mesmas ou devem esperar pela empresa?
AV - As empresas modernas devem investir em seu pessoal tanto quanto investem no seu desenvolvimento e na tecnologia de seus produtos. Não basta uma mudança material é preciso associá-la a mudanças de atitudes, do empresário e de seus funcionários.
No entanto isto não tira a responsabilidade de que cada pessoa deve investir em si mesma e tornar-se um indivíduo cada vez melhor.
Lembrem-se
"Uma situação não determina como nos sentimos,
mas sim o modo com a construímos"

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ser mãe.


Ontem fiquei muito triste, na verdade acho que fiquei deprimida. Uma vóz me dizia que eu estava falhando, fiquei deseperada. Não posso falhar! Não nesta situação onde tenho que cuidar e acertar sempre. Imagens desfilaram em minha mente, todas comprovando a minha imperfeição. Nossa, como sou imperfeita! Chorei. Depois ouvi um chamado e fui cuidar, sorri, brinquei, envolvi e fui muito envolvida. Uma vóz me elogiava e senti orgulho de mim. Que bom seria se eu nunca deixasse de ouvir essa vóz dentro de mim, mas ela aparece tão pouco! Hoje aprendi que as vózes são os meus pensamentos negativos automáticos querendo me proteger, embora acabem me assustando. Quando lembro, penso em tantas situações de felicidade, eles se calam; talvez por já não me sentir tão desprotegida e assustada; talvez por não me sentir mais tão desvalorizada e inadequada. Acho que preciso arranjar um jeito de não me esquecer mais das coisas boas de minha vida! Hoje estou bem e quero continuar assim amanhã.

Perguntas que podem mudar o imediatismo.

Diante de uma atividade que você não tem tido bons resultados é importante você se perguntar: 1- Eu preciso fazer esta atividade? ou 2- Eu gosto desta atividade?
Exemplo: Um adolescente que não gosta de fazer tarefas, leituras, trabalhos e estudar alguns dias antes da prova.
Caso ele pense: - Eu não farei porque não gosto; provavelmente ele não executará essas atividades e se envolverá em fazer atividades que ele gosta e lhe dá um prazer imediato.
O que acontecerá ao final do ano letivo com este adolescente? Provavelmente ele terá dificuldades, como ter que ficar mais tempo estudando na escola ou em sua casa, tendo que deixar de fazer aquelas atividades que ele tanto gosta, para não repetir de ano.
O que poderia acontecer no final do ano letivo se ele tivesse feito a pergunta: Eu preciso dessas atividades? Essas atividades poderão me trazer os resultados que eu preciso e vou gostar ao final do ano letivo?
Ele poderia executar essas atividades e ficar com o tempo mais livre ao final do ano para fazer atividades que gosta e lhe dá prazer.

Comente: O que pode acontecer no futuro quando hoje eu faço atividades que preciso, mesmo não gostando neste momento?

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A Miss Imperfeita.


Este texto extraído da Revista do Jornal O Globo, é uma colaboração enviada por uma paciente de TC. Façam seus comentários.

'Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros..

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.

Tempo para fazer tudo.

Tempo para dançar sozinha na sala.

Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.

Tempo para sumir dois dias com seu amor.

Três dias..

Cinco dias!

Tempo para uma massagem..

Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.

Tempo para fazer um tr abalho voluntário.

Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.

Tempo para conhecer outras pessoas.

Voltar a estudar.



Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.

Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'


Martha Medeiros - Jornalista e escritora

terça-feira, 6 de abril de 2010

Você se preocupa demais?



Aprenda a lidar com suas preocupações excessivas.

Desde criança aprendemos que devemos nos preocupar, mas quando adulto precisamos saber que a preocupação excessiva é uma doença.

1- O que são preocupações excessivas?
São as preocupações frequentemente usadas como estratégias para controlar as conseqüências negativas imaginadas. Essas preocupações se tornam crônicas.

2- Qual o perfil da pessoa que tem preocupações excessivas?
- É uma pessoa que acha que se algo ruim pode acontecer, é sua responsabilidade se preocupar a respeito;
- Não aceita qualquer incerteza – precisa saber de tudo com certeza;
- Trata os seus pensamentos negativos como se fossem verdadeiros;
- Qualquer coisa ruim que venha a acontecer é um reflexo do que ela é como pessoa;
- O fracasso é inaceitável;
- Quer livrar-se de qualquer sentimento negativo imediatamente;
- Trata tudo como se fosse uma emergência.
- Na verdade, se preocupa com algo que provavelmente nunca ocorrerá.
- Elas fazem “o caminho real para a infelicidade!

3- Como fazer para se livrar das preocupações excessivas antes que fiquem crônicas?
São sete passos:
Primeiro passo é pragmático: que utilidade tem a preocupação?
A pessoa argumenta que a preocupação é uma estratégia: que preocupada estará preparada, motivada e capaz de jamais ser surpreendida.
O segundo passo refere-se a lidar com a incerteza, a pessoa deve aceitar a incerteza, que é inevitável e cujo desconforto decorrente pode motivar a mudança e o crescimento.
Terceiro passo, deve desafiar e testar seus pensamentos, através de perguntas como: “qual o pior resultado, o melhor e o mais provável?” ou “estou fazendo as mesmas previsões futuras erradas que eu sempre faço?”.
Perceber e para de fazer a “fusão pensamento-realidade”, em que os preocupados tratam seus pensamentos preocupantes como se fossem fatos, cometendo erros cognitivos típicos, como tirar conclusões precipitadas, perfeccionismo, idéias de “emergência repentina”,
Quarto passo, devem avaliar custos e benefícios, pesando evidências a favor e contra, ou através de experimentos comportamentais e testes de realidade para modificar formas de pensar.
Quinto passo, se perguntar se tem alguém que nunca fracassou ou fracassará?
Todas as pessoas percebem o fracasso do outro sempre? A meta que não alcançou estava correta, era viável? O fracasso é fatal? Não estou exigindo um padrão alto demais?
O sexto passo, devem aceitar e valorizar suas emoções, reconhecendo-as como temporárias se permitir que elas ocorram.
Finalmente, no sétimo passo, deve ter cuidado contra a crença de que o mal chegará muito rapidamente; procurar se desligar do senso de urgência e viver o presente, observando que o que o está preocupando em um momento em breve poderá ser esquecido.

4- Estes passos ajuda a pessoa a não ter as procupações excessivas que param e atrapalham as pessoas?
Sim, é assim que a pessoa vai distinguir entre preocupação produtiva e improdutiva, e apreder a tratar fracassos como oportunidades.
Exemplo: diante da proximidade de uma prova, a pessoa pode escolher entre:
1-se preocupar a respeito; 2) se embebedar; ou 3) estudar. Qual dessas é a melhor estratégia?”

5- O que as pesquisas mostram preocupações excessivas?
85% das coisas sobre as quais os preocupados se preocupam tendem a ter um resultado positivo (ou seja elas nâo acontecem).
E desses 15% que dão resultado negativo 79% dos casos as pessoas dizem que lidaram melhor do que esperavam.

Texto baseado nos comentários da Dra Ana Maria Serra sobre o livro Robert L. Leahy
“Worry Cure – Seven steps to stop worry from stopping you”, Ed. Harmony Books, New York, 2005.

Ficou preocupado? Comente com o seu terapeuta.

Conheça um pouco sobre o homem que criou a Terapia Cognitiva.




Pesquisas revelam bons resultados em depressão, pânico, vícios e outros males ERICA GOODE - The New York Times (foto: Beck e Judith)


FILADÉLFIA - O Instituto Beck de Terapia e Pesquisa Cognitivas está atraindo terapeutas de todo o mundo. A organização também já despertou a atenção da Associação Nacional de Saúde Mental, que recomenda a terapia cognitiva a pacientes como uma das poucas formas de tratamento estudadas em ensaios clínicos e em larga escala. Pode-se dizer que a terapia cognitiva é hoje o braço da psicologia que mais se expande nos Estados Unidos. O fundador dessa forma de psicoterapia é o doutor Aaron T. Beck, cuja máxima preferida é: "Há na superfície muito mais do que o notado pelos olhos."
Estudos - O doutor Aaron T. Beck constatou, em 40 anos de pesquisas e trabalho clínico, que muitas dificuldades psicológicas de seus pacientes não se encontram nas profundezas do inconsciente, mas em "problemas de raciocínio", muito mais próximos da percepção consciente. O fundador da psicoterapia cognitiva cita como exemplo o caso de uma mulher que fazia sessões de psicanálise com ele, na ocasião recém-formado pelo Instituto Filadélfia de Psicanálise. Sentado atrás da paciente, ele fazia anotações em seu caderno, enquanto ela falava sobre suas experiências sexuais com homens. "Como se sente falando disso?", perguntou-lhe Beck a certa altura. "Fico com ansiedade", respondeu a mulher.
Interpretação - Preparado para sondar os conflitos ocultos de sintomas psicológicos, o doutor Aaron T. Beck respondeu com uma interpretação. "Você fica com ansiedade porque está precisando enfrentar alguns de seus desejos sexuais", disse-lhe. "E está ansiosa por achar que desaprovo esses desejos." E ela respondeu. "Na verdade, dr. Beck, receio que o esteja aborrecendo." Mais tarde, o psicanalista descobriu que sua paciente se entregava permanentemente a um monólogo autodepreciativo, no qual uma voz interior constantemente dizia que ela não tinha atrativos, não era interessante e não valia nada. Os "pensamentos automáticos" mostrados pela paciente, conforme Beck os chama, levaram-na a agir de modo derrotista, a ter conduta promíscua por não achar que tivesse muito a oferecer, ou a ser teatral, na tentativa de parecer mais interessante aos homens com quem se relacionava. A terapia cognitiva, desenvolvida pelo psiquiatra depois que ele abandonou a psicanálise, pretende ajudar os pacientes a corrigir tais distorções do raciocínio, com freqüência numa dezena de sessões - ou menos.
Método - Beck diz que o método é "simples e prosaico", sem trazer à tona lembranças da infância que se perderam, sem o exame minucioso dos desmandos dos pais, sem a busca de significados ocultos. "Ele tem a ver com os problemas do bom-senso das pessoas", disse. Na terapia cognitiva, os pacientes são incentivados a testar a opinião que têm de si mesmos e dos outros, como se fossem cientistas testando hipóteses. Os pacientes recebem dos terapeutas tarefas para fazer em casa. Aprendem a identificar suas "crenças" imprecisas e a fixar metas para alterar sua conduta. É um pacote atraente. Numa época em que os planos de assistência médica acompanham atentamente a sala de consultas e a maioria dos psiquiatras considera os medicamentos - não a conversa - o tratamento ideal para seus pacientes, o método de Beck mostra sua força terapêutica.
Princípios - Os princípios básicos da terapia cognitiva estão facilmente resumidos em manuais de treinamento e sua simplicidade a torna um instrumento ideal de pesquisa. Dezenas de estudos realizados no mundo inteiro mostraram sua eficácia no tratamento da depressão, ataques de pânico, vícios, distúrbios alimentares e outros males psiquiátricos. Pesquisadores também estudam a capacidade de o método tratar distúrbios de personalidade e, em combinação com medicamentos, doenças psicóticas como a esquizofrenia. "Não preciso estar certo", diz, "mas não gosto de estar errado". O médico também afirma considerar-se um pragmático. "Se uma coisa não dá certo, eu não a faço." Ele incentiva uma filosofia semelhante em seus pacientes, esperando que eles acabem se livrando das atitudes derrotistas. Aconselha uma mulher de 30 anos que acredita que Deus a castigará se ela própria não o fizer. "Você pode descobrir, se parar de se castigar e nada acontecer."
Fonte: Jornal Estadão

Seja um detetive: investigue seus PANs.




Histórias Cognitivas: os dois detetives diferentes: Cap 1: Quem roubou meu walkman?


Os dois detetives diferentes.

- Cada detetive tem uma forma de trabalhar com os fatos.
- Qual deles você contrataria se precisasse de ajuda?

Era uma vez numa cidade muito parecida com São Paulo, uma menina de 10 anos que trouxe para a escola seu novo walkman, que tinha acabado de ganhar. Era um belo walkman, ou seja, ela poderia ouvir suas músicas prediletas enquanto viesse no ônibus da escola, na hora do recreio ou mesmo nas aulas vagas em que algum professor faltasse.
Quando ela entrou em aula, sua professora pediu para que deixasse seu aparelho no armário do lado de fora da classe, onde ficavam as mochilas e ela assim fez.
Quando chegou a hora do recreio ela foi correndo até sua mochila, ansiosa por pegar seu walkman. Ela mal podia esperar para ouvir suas músicas e mostrá-lo para algumas amigas que ainda não o tinham visto.
Mas espere aí! O que foi isso? Quando ela procurou na mochila e no armário onde ela o tinha deixado, ele simplesmente não estava lá, tinha desaparecido.
- “Oh! O meu aparelho novinho de CD portátil, como ele foi desaparecer assim?”, disse ela, começando a chorar. “Eu estou muito, muito triste!”.
Mariana, esse era o nome da menina, foi se queixar para a professora, e ela e várias amigas foram ajudá-la a fazer uma reclamação para a diretora.
A diretora prometeu providenciar uma solução imediata e assim fez.
Uma hora depois, no próximo intervalo, um homem apareceu para falar com ela. Tinha uma aparência muito estranha usando um chapéu e uma capa. Ela não reconheceu o homem. Ela nunca o tinha visto antes.
“Por favor, não fique assustada, pequena criança. Eu sou o detetive contratado pela escola para descobrir o paradeiro de seu walkman. Sou o famoso, o grande detetive Sherlock Gomes.”
“Sherlock Holmes?” – perguntou a garota.
“Não, eu sou Sherlock Gomes mesmo” – o detetive respondeu, com um certo aborrecimento em sua voz. “Não sei porque todo mundo me confunde com esse cara”.
Mas, tudo bem. O importante é que eu sei quem roubou seu walkman. Foi o famoso “Daniel, o terrível”.
“Nossa! “ disse a menina, “ mas isso foi muito rápido! Como você descobriu quem roubou meu aparelho tão rápido?”
“Oh! Não foi muito difícil. Ele foi o primeiro nome que apareceu em minha cabeça, por isso deve ser ele!”
E com isso, Sherlock Gomes voltou-se e foi embora.

Mas nossa história ainda não terminou, porque justamente então apareceu na cena o famoso, o verdadeiro Sherlock Holmes.

Ele tirou sua capa, arrumou seu boné e declarou: “Eu não concordo com o que aquele Sherlock Gomes disse. Eu sou o famoso, o ousado, o fantástico, o único sobre quem escreveram livros. Eu sou o verdadeiro Sherlock Holmes!”.
A garota pensou que ele parecia um pouco arrogante e exibido, mas ela precisava de sua ajuda. E o detetive continuou falando: - “Então, minha amiga, eu não concordo com esse Sherlock Gomes, afinal que tipo de detetive é ele? Simplesmente acredita no primeiro nome que lhe veio à mente? Um bom detetive faz uma lista de suspeitos e então vai procurar evidências para apanhar o ladrão”.
Eu estou pronto a procurar por pistas e evidências, e quando eu retornar eu direi a você quem realmente roubou seu aparelho”. E com isso, Sherlock Holmes colocou sua capa, arrumou seu boné e encaminhou-se para fora da sala.
“Que homem estranho!” A garota comentou. “ Mas ele parece sério em seu trabalho”.
Algumas horas mais tarde, quando a garota estava brincando em sua casa, no jardim, ela ouviu um estranho barulho. Ela olhou em volta e viu que diante dela estava ninguém menos do que o detetive Sherlock Holmes.
“E aí?” Disse a garota, você descobriu quem roubou meu aparelho?”
“Sim. Primeiro eu pensei que talvez fosse Daniel, o terrível, mas quando eu procurei por evidências eu percebi que Daniel estava suspenso e não estava na escola no dia em que seu aparelho sumiu. Assim não poderia ter sido ele”.
“Então eu pensei que talvez tivesse sido o João Perigoso. Mas quando eu procurei por evidências eu soube que ele estava jogando cartas com outros longe de sua classe, no momento em que seu aparelho foi roubado. Não poderia ter sido ele”.
Então eu decidi investigar a Betty Bagulho. Quando eu procurei por evidencias eu encontrei algumas pistas. Primeiro eu achei uma tiara com as iniciais BB caída dentro do armário, perto de onde você guarda sua mochila. Então eu fui até a casa de Betty Bagulho, e sua mãe me contou que Betty estava ouvindo música num novo walkman que ela ganhou na escola por bom comportamento.
Eu procurei pela vizinhança até achar Betty e então, ali estava ela, exibindo seu walkman para as crianças da rua.
“Oh! Sherlock Holmes”, disse a garota, “você é incrível! Você é muito mais esperto que Sherlock Gomes. Por favor, Detetive Holmes, você pode me devolver o meu walkman agora?”
Sherlock Holmes olhou para baixo e começou a gaguejar.
“Ah! Bem, eu não disse exatamente que peguei seu aparelho de volta. Aquela Betty é horrivelmente grande e, realmente muito assustadora. Eu acho que seria melhor você pedir a seus pais que recuperem seu walkman para você.”
E com isso o grande Sherlock Holmes vestiu sua capa, arrumou seu boné e se foi”.
Fim.
Autor: Martin E. Seligman, adaptação Zélia, 2004.



Comente: Qual dos dois detetives você estava "sendo" até iniciar sua terapia?

( ) Sherlock Gomes. ( )Sherlock Holmes.

Créditos:
Martin Seligman utilizou a figura de Sherlock Holmes para ilustrar a importância das evidências na TC com crianças e adolescentes. A TC Zélia adaptou para a realidade brasileira.

Quais os pontos que você considera importantes para que suas sessões de terapia sejam espaçadas?


Todas as pessoas que procuram uma psicoterapia querem ao final terem alcançados seus objetivos e na medida que vai conquistando-os, sentem-se melhores e podem propor um diálogo para que em colaboração com seu terapeuta decidam por sessões em tempo mais espaçadas, como por exemplo, deixar de ter sessões semanalmente para ter sessões quinzenais. Comente quais seriam os seus criterios para espaçar suas sessões?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Examine o seu pensamento sobre uma situação e mude sua emoção.




Pessoas com sentimentos de raiva acreditam que todas as suas regras pessoais de segurança estão sendo violadas.





Pessoas com sentimentos de irritação acreditam que algumas regras estão sendo violadas.




Pessoas com sentimentos de depressão acreditam que perderam tudo.






Pessoas com sentimentos tristes acreditam que tiveram uma perda.







Pessoas com sentimentos de pânico acreditam que tem algo errado com seu corpo!






Pessoas com sentimentos de medo acreditam que estão ameaçadas.






Pessoas com sentimentos de ansiedade acreditam que no futuro estarão ameaçadas e poderão se dar mal.




Analise a situação, em que teve o pensamento específico da emoção que você sentiu. Tudo o que você pensou, exatamente do jeito em que pensou pode ser comprovado? Se não pode, reanalise a situação e veja se não é possível pensar diferente sobre ela. Muitas vezes nosso pensamento automático negativo (PAN) não se comprova com exatidão, isto significa que, de imediato, percebemos a situação de modo diferente do que ela ocorreu. Ou seja, podemos ficar alterados por algo que de fato não ocorreu exatamente como pensamos. Vale a pena treinar e aprender este novo jeito de avaliar nossa vida. Aproveite e consulte a lista de erros cognitivos ao lado ou em outras postagens deste blog.